A 54ª edição do Festival do Folclore da Estância Turística de Olímpia terminou nesse domingo, dia 12 de agosto, registrando um público de 130 mil pessoas durante os nove dias de festa. A marca superou as expectativas da Comissão Organizadora.
O evento, iniciado no sábado, 4 de agosto, reuniu 55 grupos folclóricos e parafolclóricos de 17 estados brasileiros, sendo 14 deles inéditos, em uma mistura de cores, costumes, danças, culinária e sotaques. Mais de 1.800 artistas passaram pelos palcos do festival na última semana, se apresentando na Praça de Atividades e Folclóricas e Turísticas Professor José Sant’anna, nas ruas, prédios públicos, nas escolas e parques, levando a cultura de seus estados para os quatro cantos da cidade.
No decorrer dos dias, foram diversas atividades. Além das apresentações noturnas de palco, foram realizados Seminários de Estudos relacionados ao Folclore, Minifestival, Gincana de Brinquedos Tradicionais Infantis, Peregrinação pelas ruas centrais, Simpósio de Estudos Etnomusicológicos, Rodada Cultural, apresentações no Museu de História e Folclore “Maria Olímpia”, visita ao túmulo do Prof. José Sant’anna e o tradicional desfile de encerramento.
Nesta edição, a Comissão Organizadora decidiu por manter algumas ideias do ano passado que deram certo e agradaram o público. Uma delas foi o palco principal, composto por dois palcos ligados por uma passarela, que permitiu uma maior interação dos grupos com os espectadores da arena. Outra novidade foi a retomada das apresentações do Palco B, que levou o nome “Maria Jesus de Miranda”, uma homenagem em vida à ex-coordenadora do Museu de História e Folclore. Este ano, o espaço foi realocado, próximo ao parque de diversões, tendo a sua volta uma praça de alimentação.
A decoração também foi destaque neste Festival. Para ilustrar o tema, o Recinto do Folclore recebeu fitas coloridas, arcos, tecidos de chita e grandes estrelas feitas através da palha do milho, que representam o trançado estrela, artesanato típico e genuíno da cidade, que também foi utilizado como uma alusão poética ao Jubileu de Milho.
As fitas coloridas remetiam às danças folclóricas como um todo, uma vez que muitas manifestações populares brasileiras utilizam-se das fitas como adornos para as danças, folguedos e encenações. Outro elemento decorativo foi os arcos em semicírculo, instalados nas entradas do Recinto e entre as barracas de alimentação, que também carregam a força das danças brasileiras em diversas regiões. E, para finalizar, o tecido chita ou chitão, tipicamente brasileiro, que projeta em suas estampas toda alegria e multicolorido do nosso país.
O 54º Festival do Folclore foi muito elogiado. Nas redes sociais, o público que prestigiou o evento enalteceu a qualidade dos grupos participantes, a estrutura, organização, e pontualidade nas apresentações, enfocando no resgate da festa. Os grupos também divulgaram o grande festival, destacando, principalmente, a estrutura e organização.
ENCERRAMENTO
Na noite do dia 12, a cerimônia de encerramento contou com uma apresentação da Facmol – Orquestra de Sopros e Percussão de Pereira Barreto, além dos grupos Xique Xique (Alagoas) e Paramazon (Pará).
No discurso de encerramento, o prefeito Fernando Cunha agradeceu o empenho de todos pela realização do festival e anunciou a data do 55º Fefol. “No próximo ano, comemoraremos 55 anos de Festival, de 3 a 11 de agosto de 2019, com o Jubileu de Orquídea, conforme deixou por escrito o professor José Sant’anna. Vamos respeitar a vontade e a memória do criador do nosso Festival”, concluiu.
Ainda na solenidade de encerramento foi realizada uma homenagem ao Capitão José Ferreira, fundador e coordenador o Terno de Congadas Chapéu de Fitas, que ilustrou o cartaz do evento desse ano. O prefeito Fernando Cunha, a secretária de Cultura, Esportes e Lazer, Tina Riscali e o presidente da Associação Olimpiense de Defesa do Folclore Brasileiro, Davi Mendes, entregaram uma placa ao Capitão.