Comerciantes, trabalhadores e populares realizaram na manhã desta segunda-feira(15), passeata contra as medidas restritivas implantadas pelo Governo de São Paulo e regulamentadas pelo município de Olímpia, que suspende o atendimento presencial nos estabelecimentos durante o período da fase emergencial, de 15 à 30 de março.
O protesto realizado na praça da Matriz, contou com a participação de um grande número de pessoas que através de cartazes e palavras de ordem, criticaram o Governador João Doria (PSDB) e as ações restritivas impostas pelo governo e que afetam diretamente as atividades do comércio, além de reivindicar o direito de trabalhar, afirmando que todo trabalho é essencial.
O presidente da Associação Comercial e Industrial de Olímpia, Flávio Vedovato, durante entrevista a Rádio Difusora Olímpia, reconheceu que os problemas causados pela pandemia não é uma situação que ocorre apenas em Olímpia, mas cobrou diálogo, posicionamento e atitude dos governantes.
“A pandemia já vem a um ano, a gente sabe que não é só em Olímpia, e nesse um ano, os gestores municipais, estaduais, a união, houve repasse para os municípios, houve repasse do estado, enfim, existe recurso, e também, nós precisamos de uma pontualidade quanto a anistia dos impostos. Em relação ao vírus, o vírus existe, o que a gente precisa, de vacinação, e de políticas públicas eficazes, na saúde e na economia, porque da forma que está, nós vamos ter mais desempregados, mais empresas fechando”
Vedovato indagou ainda de onde virá os recursos para pagar as contas e colocar alimento na mesa.
“E o poder público, veja se renunciou a algum salário, de algum gestor público, de algum deputado, de algum senador da república, e os nossos salários estão privados de acontecer, e principalmente, se nós não trabalharmos, quem vai pagar os nossos tributos? Até porque não houve uma anistia nesse um ano, nesse um ano, se não houve planejamento, para o comércio, para a hotelaria, para os parques aquáticos, é muito legal falar Olha, fica em casa, beleza, eu vou ficar, quem vai colocar comida na minha mesa? Quem vai pagar minhas contas? Quem vai pagar meu IPTU? Quem vai pagar meu imposto?” disse Vedovato
Dentre as novas regras vigentes a partir desta segunda(15), está a suspensão total do atendimento de balcão para as atividades comerciais, com a permissão para o serviço de entrega a domicílio (delivery), o que também inclui, agora, lojas de materiais de construção civil e afins, lojas de venda de produtos de alimentação para animais e o comércio de produtos eletrônicos, cujas vendas só devem ocorrer por meio de entrega, com proibição de retirada de produtos no local.
O mesmo vale para os estabelecimentos de alimentação como restaurantes, lanchonetes, bares e food trucks, que também só estão autorizados a fazer o delivery. A única ressalva, para este setor, é que a retirada por sistema de drive-thru, é permitida em locais com estrutura adequada e específica para o estacionamento dos automóveis.
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