Com primeiro caso suspeito registrado em março de 2020, Olímpia chega a pouco mais de um ano de pandemia com registro de 201 mortes relacionadas ao Covid-19. Se considerado as mortes em decorrência de complicações causadas pela doença, esse número pode ser ainda maior.
De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira(10) pela Secretaria de Saúde do município, Olímpia já confirmou 7.315 casos positivos da doença, dos quais 7.012 foram curados (95%) e 201 pacientes vieram a óbito.
Os números da atualidade superaram todas as previsões iniciais. Em Abril de 2020, em vídeo publicado pelo prefeito Fernando Cunha, a previsão dos especialistas para o “melhor cenário”, dizia que ao longo de um ano, poderia haver 500 pessoas infectadas, 100 pessoas precisando de internação sendo que apenas 6 precisariam de UTI, havendo a possibilidade de 3 a 4 óbitos. Já no “pior cenário”, a previsão era de que ao longo de um ano, poderia haver até 11 mil infectados, 2.200 pessoas internadas sendo que 110 em UTI, podendo acarretar de 60 a 70 óbitos.
Com os números atuais, é possível perceber que a pandemia foi bem mais grave do que se poderia prever inicialmente, ocasionando três vezes mais mortes do que o “esperado” no “pior cenário”. E pior, ainda não acabou. Infelizmente o número de contaminações segue em ritmo constante, sem apresentar redução significativa. O município registra em média, na última semana, um óbito por dia.
Os índices de internações também permanecem altos, mesmo com taxa de ocupação nos leitos de UTI na DRS-V em torno de 93,3%, há vários relatos de pacientes que aguardam a liberação de vagas nos hospitais, ou seja, na prática, parece que o sistema ainda atua com 100% de ocupação nos leitos de UTI.
Apesar do medo e insegurança, o governo do estado iniciou um plano de transição, na busca de flexibilizar a retomada das atividades econômicas que já não suportam mais a crise estabelecida pela pandemia diante das inúmeras restrições. No entanto, é preciso se atentar e ter a consciência de que a pandemia continua, as medidas de proteção exaustivamente divulgadas precisam ser cumpridas por todos, o preço da falta de disciplina é o aumento do número de contaminações, que consequentemente, afetam todas atividades comerciais que são essenciais na garantia da alimentação e sustendo da sociedade.