Setembro amarelo é uma campanha mundial que visa conscientizar as pessoas sobre a prevenção ao suicídio. Para tratar deste importante tema, convidamos a psicóloga Miriã Cristina Celette.
Miriã– Hoje não é um dia de comemoração, mas de conscientização. Dia 10 setembro é o dia conhecido mundialmente como “Dia de Prevenção do Suicídio”. Essa data representa um compromisso global para a prevenção do suicídio.
Essa campanha surgiu nos Estados Unidos com os pais e amigos de Mike Emme, um jovem de 17 anos que tirou a própria vida usando seu carro amarelo em 1994.
Durante seu enterro, seus amigos usaram uma fita amarela e junto com os pais de Mike distribuíram cartões com mensagem de apoio com a inscrição “It’s ok to Ask4help”, que basicamente significa “não tem problema pedir ajuda”.
Em 2015 a campanha teve início no Brasil. O mês de setembro enfatiza a conscientização das pessoas sobre o suicídio, bem como evitar o seu acontecimento.
Ainda assim, existe preconceito a respeito do assunto e a falta de consciência continuam a ser as principais barreiras para a procura de ajuda.
Gostaria de deixar claro que falar sobre suicídio não provoca o suicídio. Por isso, especialistas na área de saúde mental enfatizam os debates e apoiam a campanha.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS),
– Em 2019, mais de 700 mil pessoas morreram por suicídio, o que representa uma pessoa a cada 100 mortes.
– Ocorrem mais de 13 mil suicídios todos os anos no Brasil.
– Cerca de 1 milhão por ano no mundo.
– O ato está entre as dez causas de morte mais frequentes no mundo.
– É a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 e 29 anos.
– Para cada suicídio acontecem de 20 a 30 tentativas.
– Em nosso país, o suicídio mata mais brasileiros do que doenças como a AIDS e o câncer.
O Ministério da Saúde considera o suicídio como um problema de saúde pública. Além disso, muitos consideram o suicídio como uma epidemia silenciosa.
É preciso deixar de ter medo e falar sobre o assunto. Saber as causas principais e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para enfrentar esse problema.
Alguns fatores que favorecem os pensamentos e as tentativas de suicídio:
– Depressão, Transtorno Bipolar, esquizofrenia, entre outros transtornos.
– Abuso de álcool e/ou drogas.
– Bullying, preconceito, traumas emocionais.
– Problemas familiares ou amorosos.
– Perda de emprego
– Perda de um ente querido
– Crises políticas, econômicas
* nem sempre o suicídio está relacionado a um transtorno mental, mas sim a um momento crítico em que as pessoas acreditam que não existem solução para seus problemas.
Alguns sinais de comportamento suicida a serem observados:
– Conduta e manifestações verbais
– Preocupação com sua própria morte
– Falta de esperança
– Sentimento de culpa
– Baixa autoestima
Fique alerta para comportamentos como:
– Automutilação
– Ações imprudentes
– Doar bens valiosos
– Procurar formas de se matar
– Se despedir de pessoas queridas
– Isolamento
* Esses sinais são formas de pedido de socorro e não devem ser negligenciados.
Como ajudar:
– Tenha empatia, sem julgamentos
– Dê atenção e disponibilize tempo para ouvir
– Motive a busca por um profissional (psicólogo/ psiquiatra)
– Ajude a encontrar um profissional
* Lembre-se que 90% dos suicídios podem ser prevenidos.
Onde buscar ajuda:
– SAMU 192
– CAPS (Centro de Atenção Psicossocial)
– UBS (Unidade Básica de Saúde)
– CVV (Centro de Valorização da Vida) – Telefone 188 ou pelo site: cvv.org.br (serviço disponível 24 horas por dia).
* Lembrando que o atendimento é gratuito.
Todas as vidas importam. Suicídio não é frescura, não é drama e não é falta de Deus.
A campanha é em setembro, mas falar sobre prevenção do suicídio em todos os meses do ano é fundamental!
Para saber mais sobre o assunto consulte meu e-book gratuitamente em: https://heylink.me/psi.miria/
Psicóloga Miriã Cristina Celette CRP 06/173003
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