A cervejaria Ambev, dona de marcas como Skol, Brahma, Antarctica, Bohemia e Stella Artois, acaba de aumentar o preço das cervejas. Os novos valores entram em vigor a partir de sexta-feira.
Segundo donos de restaurantes em São Paulo, a partir desta sexta-feira (1º), haverá aumento de 5% a 6% em chope e cervejas, incluindo embalagens descartáveis.
Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), confirma o aumento de preços e afirma que o reajuste deve vir alinhado com a inflação acumulada nos último 12 meses, em torno de 10%.
No comunicado enviado a clientes e distribuidores, a cervejaria que concentra 60% de participação de mercado no país afirma que o reajuste vai seguir, “em linhas gerais, a variação da inflação, variação de custos, câmbio e carga tributária”. De acordo com o comunicado, “os reajustes podem variar entre regiões, marcas, embalagens e segmentos”.
“Reforçamos o nosso compromisso com a competitividade das nossas marcas no mercado, visando sempre a boa performance do volume de vendas da indústria”, diz a Ambev no comunicado.
O mercado de cerveja está estagnado: segundo a consultoria Euromonitor, este ano a venda de cervejas no Brasil deve atingir R$ 197,97 bilhões, uma alta nominal de 7,3% sobre 2020, sem descontar a inflação.
Na opinião de Marcelo Balloti Monteiro, analista do setor de bebidas da Lafis Consultoria, a pressão de custos está bastante elevada, em especial, de matéria-prima e energia.
“Mas, em um primeiro momento, o impacto do aumento de preços deve ser menor na demanda, porque ocorre em um momento de retomada de diversos eventos e com a aproximação das festas de fim de ano”, afirma.
Questionada, a Ambev afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que se trata de um aumento natural, que ocorre todo ano. A empresa afirma que houve reajuste no ano passado, mesmo em meio ao período mais crítico da pandemia, com parte dos bares e restaurantes fechados.
Mas, neste caso, o aumento não atingiu as embalagens retornáveis, diz a cervejaria.
Agora, o aumento é generalizado, para diversas embalagens e marcas. A Ambev não informou, porém, qual a faixa de reajustes. Disse apenas que os reajustes vêm ocorrendo “nas últimas semanas”.
As rivais Hineken e Itaipava também foram questionadas sobre aumento de preços, mas não se pronunciaram até o momento.
Fonte: Reprodução https://abrasel.com.br/