Após anunciar os grupos do Norte que se apresentarão na edição de 60 anos do Festival Nacional do Folclore de Olímpia, a viagem pelo Brasil chega à Região Centro-Oeste, de onde virão 4 grupos que já estiveram no FEFOL antes, representando os Estados de Mato Grosso e Goiás.
A cultura goiana traz para o palco do FEFOL a manifestação folclórica do Moçambique Mamãe do Rosário, de Catalão – GO. Moçambique é uma dança folclórica que ocorre em São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, durante as festas religiosas do Divino, Folia de Reis e outras. É constituída por um cortejo que percorre as ruas dançando e cantando, com instrumentos de percussão, de corda e guizos presos aos tornozelos. O grupo, que já se apresentou em outras edições do FEFOL, carrega na bagagem mais de 65 anos de fundação e tradição.
Ainda do Estado de Goiás, Olímpia receberá o Catupé Cacunda Nossa Senhora das Mercês, de Catalão – GO, com mais de 70 anos de história. Conhecido popularmente como Catupé Amarelo, devido à cor de sua indumentária, o grupo é um dos principais da cidade em atividade até os dias de hoje. O Catupé é uma variação do congo, fortemente ligada às festividades religiosas e representa a alegria e a astúcia dos negros que fugiam das senzalas. Os dançadores acompanham o capitão e seu tamborim com os pandeiros. O grupo representa uma tradição que existe há mais de 100 anos existente em Catalão e participa novamente do festival, representando a cultura de Goiás.
Já do Mato Grosso, o ritmo e o colorido do siriri, dança tradicional do estado, influenciada pelos diversos povos colonizadores (indígenas, africanos, portugueses e espanhóis), também será mais uma vez marca registrada no FEFOL. Este ano, quem traz essa manifestação típica mato-grossense é a Associação Folclórica de Siriri São Gonçalo Beira Rio, da capital Cuiabá – MT. Em seu espetáculo, o grupo transmite a alegria e a arte do povo ribeirinho que luta para manter os costumes e tradições passadas de geração em geração. Criado em 2010, para resgatar, valorizar e divulgar a cultura regional, sua sede é a comunidade de São Gonçalo Beira Rio, considerada berço da cultura cuiabana.
Fechando a participação do Centro-Oeste do Brasil, o Grupo Vitória Régia, de Cáceres – MT, considerado um dos mais reconhecidos e principais grupos da cultura pantaneira do Mato Grosso, dedica-se há mais de 15 anos ao desenvolvimento de atividades culturais com a missão de preservar e ensinar o rico folclore brasileiro, especialmente o mato-grossense a crianças, jovens e adultos cacerenses. A companhia artística, que já esteve no FEFOL, traz o espetáculo “Meu querido pantanal”, buscando mostrar através da dança e da música as tradições pantaneiras, a religiosidade e a alegria do povo ribeirinho de Cáceres.
60º FEFOL
A Capital Nacional do Folclore realiza o 60º Festival do Folclore de Olímpia de 03 a 11 de agosto de 2024, no Recinto do Folclore “Professor José Sant’anna”, marcando mais de meio século de história. Neste ano, toda a festa trabalhará o tema central da edição, que completa seu Jubileu de Diamante, “Olímpia: o solo sagrado do folclore brasileiro”. O tema visa homenagear a cidade sede do festival, relembrar a história e tradição da festa realizada há 60 anos consecutivos e ainda valorizar Olímpia como o ponto de encontro da cultura brasileira, tendo em vista a oportunidade única que o festival oferece de reunir as diversas culturas de norte a sul do país, em um só lugar.
O Festival do Folclore de Olímpia é uma realização da Prefeitura, por meio da secretaria de Turismo e Cultura, com apoio de projetos de incentivo cultural e parceiros. Com 9 dias de programação variada, a festa é aberta a toda população e visitantes com entrada gratuita e espera receber um público de mais de 160 mil pessoas.
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