Acompanhando a tendência internacional de interromper o uso da vacina em gotas e com base em recomendações científicas, o Ministério da Saúde anunciou recentemente que, a partir desta segunda-feira, 04 de novembro, as unidades de saúde de todo país vão substituir as duas doses de reforço da VOPb (vacina oral poliomielite bivalente) por uma dose de vacina injetável da VIP (vacina inativada poliomielite).
Em Olímpia, o novo esquema vacinal já está disponível no Postão e em todas as UBS, com a imunização contra a pólio para crianças menores de 5 de anos de idade, já disponível em vacinas injetáveis. O esquema vacinal contempla a administração de três doses aos 2, 4 e 6 meses e mais uma dose de reforço aos 15 meses. Todos exclusivamente com a VIP.
A substituição foi amplamente discutida na Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), com a participação dos representantes da Sociedade Científica, com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS).
A Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos, por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes e, em casos graves, pode acarretar paralisia nos membros inferiores.
Vale lembrar que a única forma de prevenção contra a paralisia é a vacinação. A vacina é segura e já faz parte do calendário nacional de imunização. De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil está há 34 anos sem a doença e contabiliza 47 anos de sucesso de uso da vacina oral nas estratégias de imunização contra a poliomielite, desde que foi introduzida de forma oficial, em 1977.
No entanto, o país tem apresentado queda na cobertura vacinal, o que preocupa as autoridades de Saúde e requer reforço para que a proteção seja ampliada, bem como a busca pela erradicação mundial da doença.