O Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro (terça-feira), foi marcado por programação especial no Museu de História e Folclore “Maria Olímpia”. O evento reuniu mais de 150 pessoas, com destaque para os alunos da EE Dr. Antônio Augusto Reis Neves, com o projeto “Na Lata”, coordenado pelo professor Gilson Brender.
O estudante de história Luiz Henrique de Oliveira fez uma pequena palestra sobre o movimento negro em Olímpia e a importância de sua valorização na construção do município. Houve também a colaboração da EE Profª. Alzira Tonelli Zaccarelli, com a cooperação da professora e historiadora Silvia Pereira dos Santos. Através do projeto ERER (Educação Para as Relações Étnicos Raciais), Silvia instruiu seus alunos com temas, cujo produto resultou na exposição Afrós –Já!, constituído da confecção de máscaras, artesanato quilombola, conhecimento de palavras de origem africana e paródias. Parte desta produção foi cedida para a expografia no Museu que estará à disposição do público até o início de dezembro.
“O mês de novembro nos faz refletir sobre a escravidão, que tirou milhões de seres humanos à força de suas comunidades africanas, atravessando o Oceano Atlântico nos navios negreiros em condições desumanas, e se tornando mão de obra valiosa na construção das riquezas de nosso país, por mais de trezentos século de escravidão. Que esse dia sirva para refletirmos e nos irmanarmos na busca pela construção de uma sociedade plural e equânime. Que consigamos dizer não ao preconceito, discriminação e racismo que perdura em nossa sociedade até os dias atuais’, evidenciou a professora Silvia.
A organizadora do projeto, a estagiária Isabel Cristina Silva Pereira, agradeceu a todos os envolvidos que abraçaram e enriqueceram essa iniciativa. “Agradecemos aos presentes, ao secretário de Cultura, Esportes e Lazer, Selim Murad, ao diretor de Cultura, Charles Amaral, e à diretora do Museu, Rosely Mayse Seno, que auxiliou e incentivou todo o desenvolvimento deste projeto. Agradecemos também aos alunos e professores da Escola Maria Ulbaldina de Barros Furquim, e também os turistas que nos visitaram nesta data. O objetivo do Museu de História e Folclore Maria Olímpia foi promover a expressividade da cultura negra, com sua beleza, dança e ritmos”, completou Isabel.