Inclusão de crianças com Síndrome de Down tem resultados positivos na rede municipal de Olímpia

Inclusão de crianças com Síndrome de Down tem resultados positivos na rede municipal

Desenvolvendo um trabalho especial voltado a alunos com deficiência e transtornos específicos de aprendizagem, a rede municipal de ensino da Estância Turística de Olímpia busca se aprimorar cada vez mais no atendimento inclusivo.

Entre as mais diversas especificidades, a Síndrome de Down é uma das inseridas no processo de inclusão que tem se destacado em relação aos resultados positivos obtidos.

Descoberta em 1862, a síndrome não é doença e sim uma anomalia genética, que, se bem acompanhada e incentivada, tende a gerar um bom desenvolvimento das capacidades pessoais, proporcionando uma vida normal e de autonomia.

E é justamente este o objetivo da celebração do Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado nesta quinta-feira, dia 21 de março. Estabelecida oficialmente em 2006 pela ONU – Organização das Nações Unidas, a data visa conscientizar toda a comunidade sobre a importância da inclusão e do convívio social, esclarecendo que a pessoa com a síndrome é como qualquer outro ser humano, com suas individualidades e habilidades distintas.

Atualmente, 10 alunos com Síndrome de Down, entre 04 meses e 11 anos, são atendidos no ensino municipal. As crianças frequentam o período regular, algumas acompanhadas por professores auxiliares, e no contraturno participam do Atendimento Educacional Especializado (AEE) com desenvolvimento das capacidades por meio de atividades com jogos e brincadeiras.

As conquistas e a evolução são sentidas não só na escola como também pelos pais. É o caso da família da aluna Alice Baron Firmino Carlos, de 6 anos, que tem Síndrome de Down e frequenta o 1° ano A do Ensino Fundamental da EMEB Theodomiro da Silva Melo.

Para eles, “oportunidade, igualdade e respeito a todas as crianças” é o sentimento que eles têm em relação ao processo de inclusão da rede municipal. “Sentimos uma insegurança no início que foi acabando com a abertura que tivemos na secretaria e ao conhecer a estrutura oferecida e as pessoas envolvidas. Sabemos que quando a criança tem alguma deficiência, a deficiência tem que ser trabalhada com os tratamentos específicos indicados, e, por outro lado, conviver no ambiente escolar comum onde ela terá o desafio de acompanhar e conviver com outras crianças, possibilita um melhor aprendizado e cria a independência tão necessária para o futuro de nossas crianças”, comenta, Cláudia, Luciano e Bruna, familiares da aluna.

A importância da inclusão no ensino regular também fez a diferença para a família do aluno Pedro Lucas de Souza, de 6 anos, que frequenta 1º B, também na EMEB Silva Melo. Segundo a mãe, Lia Precioso Escatolino, as dificuldades fazem parte do processo, mas a inclusão é um trabalho em conjunto dos envolvidos que tem sido fundamental para contribuir com a sociabilização e o desenvolvimento do filho.

“Naturalmente, ele apresentou algumas dificuldades para se manter na sala e seguir toda a rotina proposta, mas com auxílio das professoras e da equipe envolvida, que foram maravilhosas e essenciais, tudo foi melhorando e mudando a cada dia. O trabalho conjunto entre família,  escola e os atendimentos clínicos tem melhorado muito tanto a vida pessoal dele, que está mais autônomo, interage melhor, tenta se comunicar, melhorou a alimentação, etc; como na vida escolar, participando das atividades, se mantendo em grupo e melhorando o desenvolvimento dos pré-requisitos para a alfabetização”, destaca a mãe.

Para a secretária de Educação, Maristela Meniti, a inclusão é um dos principais pilares trabalhados pela secretaria, que busca envolver o aluno, a escola e a família em favor do desenvolvimento pessoal e do aprendizado educacional.

“Cada aluno possui suas características próprias e, por isso, estamos em constante trabalho de formação para oferecer o melhor para nossas crianças. É um aprendizado mútuo de como o desenvolvimento do ser humano é particular, mas precisa do convívio social pra acontecer. O trabalho com os alunos, seja com Síndrome de Down, deficiências, transtornos ou sem nenhuma especificidade, deve ser sempre humanizado e procuramos oferecer caminhos para que as crianças e suas famílias se desenvolvam e superem seus próprios desafios cotidianos”, declara a secretária.

No município, a Educação Especial tem uma equipe formada por 64 Professores Especialistas, atendendo, no total, 211 alunos, sendo 121 com deficiência e 90 com Transtornos Específicos da Aprendizagem. Além de 27 alunos, atendidos no Projeto de Reabilitação em Multimídia.

O trabalho envolve a coordenadora Técnico Pedagógica Marcela R. Nespolo Aniceto, a supervisora de ensino, Silvano Albano, e ainda conta com o apoio da secretaria de Saúde que disponibiliza, sempre que necessário, acompanhamento com profissionais de fonoaudiologia, terapia educacional, psicologia, fisioterapia, entre outros.

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