Editorial –
Como todos já sabem, o Governador João Doria (PSDB) mal esquentou a cadeira do Palácio dos Bandeirantes e já saiu distribuindo o “pacote de maldade” em diversos municípios do Estado de São Paulo, inclusive em Olímpia, que deixou de receber aproximadamente 10 milhões de reais em convênios que, segundo defensores de Doria, teriam cunho político, uma vez que foram assinados pelo ex-governador Márcio França (PSB), rival político de Doria, próximo do período eleitoral.
Após nossas publicações noticiando os cortes, vários leitores questionaram o posicionamento político (ou a falta dele) do ex-prefeito de Olímpia e atual Dep. Federal, Geninho Zuliani (DEM), que não fez defesa contundente sobre os referidos cancelamentos de recursos que iriam beneficiar Olímpia.
Para alguns leitores que manifestaram suas opiniões acerca dos fatos, Geninho deveria intervir, defendendo a cidade que lhe rendeu aproximadamente pouco mais de 8,2 mil votos, principalmente, pelo fato de ser muito próximo do governador Doria e de seu vice, Rodrigo Garcia (DEM), seu amigo e grande parceiro político, mas no entanto, assim não procedeu o deputado, pelo menos de forma pública, muito menos com a firmeza com que muitos esperavam.
A falta de clareza e principalmente, de manifestação pública em relação aos cortes, nos permite refletir sobre o assunto e, no campo filosófico, refletir e assimilar as ações do político à algumas teorias como a de Maquiavel, onde aplica-se o mal de uma vez, proporcionando o bem paulatinamente, aos poucos, a conta gotas e, a teoria do “problema-reação-solução”, onde cria-se um problema, para depois oferecer a solução.
Analisando as ações políticas no campo filosófico, aplicando as teorias acima, podemos supor que, caso Doria, esteja utilizando da teoria “problema-reação-solução”, em breve teremos a reversão dos cortes dos recursos, ou seja, em tese, todo “problema” causado por Doria ao cortar os convênios, em breve seria solucionado, em todo ou em parte. Desse modo, podemos supor ainda, que a situação do deputado Geninho poderia ir de “vilão” à “semideus”, caso Doria conceda novos convênios e Geninho alegue ter efetiva interferência para a “solução” do problema.
Já na teoria de Maquiavel, o cancelamento dos convênios poderiam ser uma ação maquiavélica do atual Governador, onde o “mal”, estaria sendo aplicado todo de uma vez e, logo em seguida, o bem seria entregue aos poucos, paulatinamente, sendo que na prática, Doria poderia assinar novos convênios, um por vez, fazendo com que as cidades que tiveram os recursos cancelados, se curvem diante do novo governador, para receber o bem, um pouquinho de cada vez.
Claro que tudo isso não passa de suposições e teorias filosóficas, mas que, no entanto, com o decorrer do tempo, pode tornar realidade, parcial ou total, tempo ao tempo.