Governo de São Paulo

Governo de SP injeta R$ 225 milhões para barrar impacto econômico do coronavírus

O Governador João Doria anunciou, nesta sexta-feira (13), a liberação de R$ 225 milhões para impulsionar a economia de São Paulo e impedir impactos negativos do coronavírus na geração de emprego e renda. O dinheiro extra será aplicado em programas de incentivo ao empreendedorismo e à geração de emprego e renda.

“Nós não podemos sucumbir a uma crise do coronavírus sem medidas objetivas e pragmáticas de crescimento e da proteção ao emprego e à economia do maior Estado do país, que tem a obrigação de continuar liderando o PIB do país. No ano passado, o crescimento do PIB do Brasil foi de 1,1% e o de São Paulo foi de 2,8%. A contribuição de São Paulo ao PIB do país foi de 60%. Portanto, é nossa obrigação conduzir a economia corretamente e reagir positivamente. Nós não vamos esperar terminar a crise do coronavírus para reagir”, disse Doria.

A medida foi elaborada pela comissão de monitoramento dos impactos econômicos do coronavírus em São Paulo. O grupo é formado pelo Vice-Governador, Rodrigo Garcia, que também é Secretário de Governo, os Secretários de Estado Henrique Meirelles (Fazenda e Planejamento) e Patricia Ellen (Desenvolvimento Econômico), o Presidente da Desenvolve SP, Nelson de Souza, e o Presidente da InvestSP, Wilson Mello.

“É uma decisão de prevenção e incentivo às atividades econômicas, no sentido de não serem prejudicadas pelo vírus. Também são ações pós coronavírus, reforçando o fortalecimento das atividades”, afirmou Meirelles.

Áreas estratégicas

A comissão acompanha áreas estratégicas, como crescimento econômico e produtividade; financiamento; trabalho e empreendedorismo; estratégia de abastecimento; e gestão pública e orçamentária. Dos R$ 225 milhões anunciados, a maior parte virá da Desenvolve SP, agente financeiro do Governo do Estado.

Serão R$ 200 milhões em crédito com condições especiais de financiamento para oferecer mais liquidez a empresas paulistas. A Desenvolve SP reduziu a taxa de juros da linha de capital de giro de 1,43% para 1,20% ao mês. O prazo do financiamento subiu de 36 para 42 meses, e a carência foi de três para nove meses.

O crédito para projetos de investimento também passou a contar com prazo maior de carência, que subiu de 24 para 36 meses. Nessa modalidade, o prazo de pagamento é de até 120 meses, e a taxa de juros começa em 0,25% ao mês, acrescida da Selic.

Os financiamentos de capital de giro estão disponíveis para empresas paulistas com faturamento anual entre R$ 81 mil e R$ 90 milhões. Já os projetos de investimento são destinados a empresas com faturamento de R$ 81 mil até R$ 300 milhões ao ano.

Outros R$ 25 milhões serão oferecidos em financiamentos do Banco do Povo, instituição financeira do Governo de São Paulo voltada exclusivamente a micro e pequenos empreendedores.

A linha de microcrédito do Banco do Povo, que já é competitiva, terá agora redução da taxa de juros de 1% para 0,35% ao mês. O prazo para pagamento passou de 24 para 36 meses, já incluindo o prazo de carência, que aumentou de 60 para 90 dias. Pedidos de concessão de crédito sem avalista passam de R$ 1 mil para R$ 3 mil.

“As novas medidas criam condições mais favoráveis. É uma oferta excepcional para o micro, pequeno e médio empreendedor que não acha esse tipo de condições, evidentemente, no centro financeiro”, comentou Meirelles.

Financiamento

O Banco do Povo financia micros e pequenos negócios formais (MEIs, MEs, LTDAs e EIRELIs) e também microempreendedores urbanos e rurais, inclusive os do setor informal. As linhas de crédito vão de R$ 200 até R$ 20 mil.

“O atendimento vai ser priorizado para os municípios que hoje têm casos do coronavírus e o atendimento na capital, que é hoje a cidade que mais concentra o número de casos”, explicou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen, sobre as medidas que passam a valer a partir desta sexta-feira (13).

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