625EE6B0-B6C3-4D88-96E5-DA3BD0F03B75

Prefeito apresenta investimentos no sistema de abastecimento de água em coletiva na Daemo

Na manhã de terça-feira, dia 19 de fevereiro, o prefeito Fernando Cunha e a superintendente da Daemo Ambiental, Tina Riscali, receberam a imprensa local para apresentar os investimentos realizados pela autarquia nos últimos anos e um panorama dos sistemas de abastecimento de água e do tratamento de esgoto da Estância Turística de Olímpia.

Desde o início de 2017, a Prefeitura e Daemo já investiram cerca de R$ 10 milhões em recursos próprios com a perfuração de novos poços, aprofundamentos de outros, instalação de reservatórios, interligações hidráulicas e rede de distribuição dos bairros Cohab I e II, Vila Hípica, Leonor I, Menina Moça I e Jardim Universitário, entre outras obras. A expectativa ainda é de injetar mais R$ 15 milhões nos próximos anos para resolver definitivamente o problema de falta d’água na cidade.

Durante a coletiva, o diretor da divisão Técnica da autarquia, Flávio Santinon, falou sobre a situação do município com relação à água e ao esgoto. Atualmente, o município tem, aproximadamente, 250 quilômetros de rede de água, com quase 24 mil ligações de água ativas. Além disso, Olímpia tem 69 pequenos poços no Aquífero Bauru, com produção média de 451 mil metros cúbicos/mês e, agora, com a conclusão da perfuração de dois novos poços profundos no Aquífero Guarani, que irá produzir mais 276 mil metros cúbicos/mês, o município vai aumentar em 61% sua produção mensal, totalizando 727 mil metros cúbicos/mês, suficiente pra abastecer uma cidade com mais de 100 mil habitantes.

O diretor técnico ainda explicou que a média de consumo mensal da cidade é de 335 mil metros cúbicos. Por ano, são consumidos pouco mais de 4 milhões de metros cúbicos de água. Outra questão é a baixa reservação de água do município que, a atualmente, possui apenas 12.455 metros cúbicos de reserva, o que também será ampliada com a instalação de novos reservatórios. O poço profundo, que será interligado com a ETA – Estação de Tratamento de Água (atrás da APAE), terá 5.000 m³, mais os reservatórios do Viva Olímpia, já instalado, com 1.500 m³, e da ETA sede, com 10.000 m³ e da Cohab I e II, com 1.500 m³, que estão em projeto, o município terá uma reservação de 30.455 metros cúbicos de água.

 

“A água é imprescindível para a população. A Daemo tem a missão mais nobre, que é levar água até as casas. Temos que produzir água, depois temos que armazenar e distribuir essa água. Essas são as três fases importantes. Olímpia está parada há 50 anos na produção de água. Estamos vivendo de pequenos poços que são soluções improvisadas, que não dão segurança operacional. Hoje, 40% da água vêm do Córrego Olhos D’água, que está com menor volume de água, muito assoreado e temos risco de incidentes. Não podemos conviver com riscos. Por isso, ampliamos a produção de água com os novos poços profundos”, afirmou o prefeito Fernando Cunha.

 

O poço tubular profundo no Aquífero Guarani, que abastecerá a ETA Cachoeirinha, já está na fase final e tem profundidade prevista de 1.100 metros, com expectativa de atender mais de 30 bairros. No total, foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões de reais. A empresa responsável pela obra é a Engeper Engenharia e Perfurações LTDA – ME, que esteve representada na coletiva de imprensa pelo engenheiro Walter de Oliveira. Agora, a Prefeitura irá licitar as obras para a adutora e reservatórios. Investimentos de mais de R$ 16 milhões do Governo Federal.

 

Já o poço profundo perfurado na ETA sede já foi concluído e atenderá cerca de 30 bairros. Ele possui profundidade de 1.086 metros e vazão de 160 metros cúbicos por hora. De acordo com o Luís Guidorzi, geólogo da empresa “Água Nossa” responsável pela obra, durante a perfuração, foi encontrada uma geologia diferente da que foi projetada. “Encontramos uma rocha intrusiva e é impossível de ser prevista no projeto. Essa rocha intrusiva entra no Aquífero Guarani e causa alguns problemas de barreira negativa. No teste de bombeamento, conseguimos extrair 160 metros cúbicos por hora e essa vai ser a vazão de produção do poço. É um poço produtivo, com água puríssima. Com esse poço, e mais os outros em perfuração e em projeto, a quantidade de água produzida será maior do que está produzindo hoje”, disse o geólogo.

 

Agora, entram em processo licitatório dois reservatórios para instalar na ETA sede, sendo um de 1,5 milhão de litros e outro de 8,5 milhões de litros, totalizando 10 milhões de litros. Com os novos reservatórios, a ETA terá um total de 12,3 milhões de litros de água potável, aumentando em 82% a capacidade de reservação. O investimento estimado será de R$ 8,5 milhões.

 

Ainda na coletiva de imprensa, foi apresentado o andamento da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, obra do Programa Água Limpa, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. Obra fundamental tendo em vista que Olímpia tem hoje somente 20% do esgoto tratado. “Temos que tratar o esgoto. Até abril devemos concluir a ETE para tratar 100% do esgoto. Olímpia nunca teve esgoto tratado. É jogado hoje no rio como era jogado 116 anos atrás. O rio não suporta mais, temos que resolver e, a partir do meio do ano, o esgoto será tratado”, disse o prefeito durante a entrevista.

 

Após as entrevistas, a imprensa foi convidada a conhecer os novos poços profundos da Daemo Ambiental. Acompanharam também a coletiva o geólogo do DAEE, Osmar José Gualdi, e colaboradores da Daemo Ambiental.

Publicidade

Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, analisar o tráfego do site e personalizar o conteúdo. Conheça a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.