Na tarde de quarta-feira, 04 de abril, realizou -se mais uma reunião para negociação do reajuste dos servidores públicos municipais. O encontro ocorreu na sala de reuniões da Câmara Municipal e contou com a presença do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Olímpia, Jesus Buzzo, da secretária de finanças, Mary Brito Silveira, da secretária de administração, Elaine Beraldo Abreu de Souza , do secretário de Governo, Guto Zanette, o presidente da Casa, Antônio Delomodarme -Niquinha- e dos vereadores, Marcão Coca, Luiz Gustavo Pimenta, Hélio Lisse Júnior e Fernando Roberto da Silva, dentre outros funcionários públicos.
Na ocasião, foram colocados apontamentos dos presentes na reunião a fim de se chegar a um acordo sobre o reajuste do salário dos servidores públicos de Olímpia. A negociação em torno de um número comum foi centrada em dois pontos.
O governo, representado pelos secretários mencionados, continuou com a proposta apresentada anteriormente, isto é , 4% de aumento , sendo 3.75 % referentes ao montante inflacionário e 0,25 % de aumento real e 10% de aumento no valor do auxílio alimentação , que atualmente se encontra em 200 reais e subiria para 220 reais; já o sindicato dos servidores acredita ser plausível e coerente um reajuste de 6% no vencimento , em que 3,75 % seriam de reposição da inflação e 2,25 % de aumento real, e 50% de acréscimo no auxílio alimentação, saltando da casa dos 200 para 300 reais .
Durante cerca de 90 minutos foram levantadas possibilidades para que se encontrasse um cenário comum. O sindicato, que acredita ser possível um incremento maior do que a proposta de 4% apresentada pelo executivo, pontuou acerca do ganho obtido na receita corrente líquida – RCL- do município nos 2 primeiros meses do ano.
O valor da RCL no período subiu 10 % e, a partir desse número, o sindicato questionou ser possível que o reajuste pudesse ultrapassar o valor de 4 %. As secretárias Elaine e Mary, por sua vez, disseram que não é possível comprometer o orçamento anual baseado apenas em uma previsão dos primeiros meses de 2019.
Ao longo da reunião pautas sobre um possível abono, em compensação a sinalização de que o executivo não pode promover um aumento maior do que 4 % no valor do vencimento e 10 % no auxílio alimentação, também estiverem em jogo. A secretária de finanças mostrou-se aberta a conversas sobre o assunto, mas pontuou que, no momento, isso não pode ser concretizado.
O orçamento do município, que hoje se encontra cerca de 44 % comprometido com despesas, foi lembrado pelas lideranças do sindicato. Os representantes dos servidores propuseram que o aumento pedido poderia ser concedido uma vez que o orçamento comprometido se encontra abaixo do limite proposto por lei, que é de 54 %.
Em meio a discussão sobre uma possível mudança no valor do reajuste proposto pelo poder executivo, os professores presentes na reunião também solicitaram mais respeito e valorização dos profissionais perante o executivo. Um representante da categoria foi além e comentou que a insatisfação da categoria não é apenas com o salário, mas da necessidade de valorização do servidor por parte do governo municipal.
Intransponíveis quanto a uma melhoria na proposta, os secretários municipais terminaram a reunião dizendo que o ano está no início e que o governo está sempre aberto a possíveis negociações ao decorrer dos meses. Sem avanço nas negociações, os projetos de lei de nº 5467 e 5468, referentes ao reajuste nos vencimentos e salários dos servidores municipais e alteração no auxílio alimentação, respectivamente, seguirão para serem votados em regime de urgência na próxima sessão ordinária, a ser realizada no dia 08 de abril.