sala de aula

Sindicato dos Professores ameaça fazer greve caso estado insista no retorno presencial das aulas

Após anúncio do Governador João Doria na última quarta-feira(24) prevendo o retorno das aulas presenciais para 8 de setembro no estado de São Paulo, o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – APEOESP, se manifestou afirmando que se o governo insistir em voltar às aulas presenciais em plena pandemia, a categoria debaterá a possibilidade de greve.

De acordo com Sindicato, “qualquer situação que não leve em conta a crise sanitária e coloque em risco a vida de professores, alunos e a sociedade como um todo, a APEOESP debaterá a greve com a categoria. Hoje não existem as menores condições para esse retorno e não há perspectivas de melhora nos próximos meses. Além da gravidade e extensão da pandemia, nossas escolas não estão preparadas nem aparelhadas para isto. A precariedade é generalizada”.

Para fazer um levantamento da atual situação física das escolas, a diretoria da APEOESP deliberou que “todas as subsedes façam levantamento minucioso das salas de aula sem condições de funcionamento, apontando em que escolas, bairro e cidades se localizam essas escolas, e encaminhem essa relação à Presidência da entidade. Caso o governo insista na volta às aulas presenciais em plena pandemia, colocando em risco a vida de professores, estudantes, funcionários e famílias, a APEOESP debaterá a greve com a base da categoria”.

A AEOESP ressaltou que “há necessidade de que se observe distância mínima entre os alunos nas salas de aula, e para além disso, é necessário que seja levado em conta o projeto arquitetônico das escolas, a higienização e a alternância entre as classes, de modo que exista redução no número de pessoas que se concentrarão ao mesmo tempo nas unidades escolares. Salas de aulas montadas de forma improvisadas, sem circulação adequada de ar, não poderão funcionar”.

Sindicato afirma que especialistas embasam as posições contra precipitação na volta às aulas presenciais.

“A APEOESP tem tomado o cuidado de ouvir especialistas, como epidemiologistas, sanitaristas e arquitetos para embasar seu posicionamento, tendo constituído no âmbito da Diretoria uma Comissão para tratar dessa questão (…) Reafirmamos que este anúncio é prematuro e precipitado, sem base científica, e poderá causar um recrudescimento do contágio por coronavírus no estado de São Paulo, que já é o epicentro da epidemia no Brasil”.

Fonte: APEOESP

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